Um espetáculo audiovisual que reúne artes plásticas, música e dança. Assim pode ser descrito Amálgama, evento que será lançado nesta sexta-feira, dia 4, às 20 horas, nas redes sociais, graças a uma parceria entre o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) e o Quarteto Osesp, ligado à Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).
Obras expostas no MAC vão formar o cenário para a apresentação da SPCD, que na temporada deste ano, intitulada Permanência e Inovação, se inspira na escritora Clarice Lispector, nascida há exatos 100 anos, no dia 10 de dezembro de 1920. A exibição será acompanhada pelo Quarteto Osesp.
“Conduzidos por coreografia inédita assinada por Henrique Rodovalho e trajando figurinos de Ricardo Almeida, os bailarinos da Companhia investigam novos modos de interação entre os movimentos e a música com as formas, cores e texturas de 23 obras selecionadas por Ana Magalhães, diretora e curadora do MAC, de artistas como Umberto Boccioni, Anita Malfatti, Regina Silveira, Simon Benetton, Henry Moore, Tarsila do Amaral e Amedeo Modigliani, entre outros”, divulgou em nota o jornalista Sérgio Miranda, da assessoria de imprensa do MAC.
O espetáculo faz parte do objetivo do MAC de integrar as artes visuais e outras linguagens artísticas. “A interação entre as diferentes manifestações artísticas é algo muito importante para o MAC. Esse diálogo é ainda mais lindo porque trabalha com o universo do sensível, convidando o público a perceber o acervo do museu de uma maneira completamente nova”, diz a diretora Ana Magalhães.
O coreógrafo Henrique Rodovalho explica a concepção do espetáculo: “Busquei acrescentar uma camada a mais de percepção das obras, ora com movimentos logo à frente dos quadros, refletindo sobre a provocação das telas, ora com gestos por entre as esculturas, expandindo suas conexões e ampliando as emoções que elas provocam no observador”.
A performance é acompanhada por obras dos compositores brasileiros Francisco Mignone (1897-1986) e Rafael Amaral, em repertório proposto pelo maestro da Osesp, Antonio Carlos Neves Pinto. O objetivo do maestro é “valorizar criações brasileiras de diferentes períodos, evocando elementos nacionalistas em um diálogo rítmico com as linhas e cores das telas e esculturas e com os gestos precisos da dança”, segundo a nota de Sérgio Miranda.
A diretora artística da SPCD, Inês Bogéa, destaca a forma colaborativa como o trabalho foi desenvolvido. “Cada parceiro trouxe suas contribuições e percepções específicas. As telas, esculturas, músicas e a arquitetura presentes no vídeo falam sobre o século 20 e reverberam até o século 21, ganhando novos significados por meio da contemporaneidade da coreografia de Henrique Rodovalho”, afirma. “Esse diálogo com o passado sob o olhar do presente busca evidenciar como nós olhamos para a nossa memória de uma maneira viva e presente em cada um de nós.”
“A exibição gratuita de Amálgama acontece nos canais da Companhia no Youtube e no Facebook. Pelo Instagram (@saopaulociadedanca) e o Twitter (@spciadedanca), o público poderá conferir detalhes sobre os bastidores das gravações. Será lançado também um vídeo com entrevistas com Ana Magalhães, Inês Bogéa, Henrique Rodovalho e o violonista Emmanuele Baldini, do Quarteto Osesp, comentando as relações entre as diferentes linguagens artísticas presentes no filme. Um hotsite na página do MAC na internet também apresentará detalhes sobre as obras do acervo destacadas no projeto”, conclui Sérgio Miranda.
O espetáculo Amálgama será lançado nesta sexta-feira, dia 4, às 20 horas, no canal da São Paulo Companhia de Dança (SPCD) no Youtube e no Facebook. Grátis.
Por JOrnal da USP