O Museu Transgênero de História e Arte (MUTHA), criado pelo pesquisador, artista e autor trans Ian Habib, ganha portal e recebe sua primeira exposição virtual, a maior de arte trans feita no Brasil até hoje.O evento acontece no mês do Orgulho LGBTQIA+.
A primeira exposição terá dois temas: Transespécie, que elabora fissuras em conceitos de espécie e de gênero, propondo criação de novos seres e mundos; e Transjardinagem, que utiliza a imagem da produção de jardins sobre paisagens em ruína, como método na exploração de arquivos vivos para memória de existências, segundo catástrofes pandêmicas. Para quem quiser acompanhar, é so clicar no site do museu: www.mutha.com.br.
Serão visibilizados trabalhos artísticos de 56 pessoas trans entre nomes como Dodi Leal, Efe Godoy, Guilhermina Augusti, Hilda de Paulo, Cristina Judar e Lino Arruda. “Essa é a primeira organização trans de teias para memória no Brasil, o país que mais apaga essas existências e suas histórias do mundo, uma iniciativa que visa lutar contra injustiças epistêmicas, financeiras e sociais”, comenta Ian Habib, idealizador do museu.
SOBRE O MUTHA
O Museu Transgênero de História e Arte, inaugurado em 2020, é um museu transformacional, ou seja, continuamente em transformação, que objetiva criar incentivos, ferramentas e alternativas à produção de dados sobre violências cotidianas à vivências transgêneras no Brasil. A intenção é resgatar memórias e investir em (re)escritas históricas de processos e investir na criação de um arquivo brasileiro sobre História e Arte transgênera.
Por GQ