Um dos artistas mais inovadores do Brasil ganhou uma exposição no MAM Rio. “Hélio Oiticica: a dança na minha experiência” explora uma faceta diferente do grande mestre: sua paixão pela música, o ritmo e a dança.
Ele sentia uma conexão muito grande com o samba, pois acreditava que essa expressão artística contribuía com um processo de desinibição intelectual. A partir do seu envolvimento com a Mangueira, em 1964, escola da qual se tornou passista, sua arte passou a incorporar elementos corporais, sensoriais, populares e vernaculares.
Com isso em mente, os curadores Adriano Pedrosa e Tomás Toledo, que trabalham no MASP – Museu de Arte de São Paulo, se propuseram a examinar toda a obra de Hélio Oiticica (1937-1980) em retrospecto, buscando elementos rítmicos, coreográficos, dançantes e performativos desde o início de sua carreira. O ponto de partida foi os “Parangolés” (1964-1979), expressão máxima dessa paixão pela dança e o movimento.
Assim, foram criados três núcleos na mostra, representando as diferentes fases do artista. Um dedicado às investigações geométricas, outro às rítmicas e um terceiro às cromáticas.
O público tem acesso a seis séries bem diferentes do artista. Em “Metaesquemas”, estão as ilustrações em guache sobre papel cartão, que exploram formas e cores e se relacionam ao concretismo. Já em “Relevos espaciais”, é possível ver uma espécie de dobradura expandida com a materialização da cor.
Mas não é só isso! Há também os “Núcleos”, esculturas de proporções maiores e interativas; os “Penetráveis”, instalações manipuláveis; as “Bólides”, em que Hélio Oiticica explora a cor, a solidez, o vazio, o peso e a transparência; e os famosos “Parangolés”, vestimentas fluidas feitas de tecido, plástico ou papel, para serem experimentadas e dançadas pelo espectador-participante.
A exposição “Hélio Oiticica: a dança na minha experiência” fica em cartaz no MAM Rio até 7 de março. É possível visitá-la de quinta e sexta, das 13h às 18h, e aos sábado e domingos, das 10h às 18h. Para isso, reserve o ingresso neste link aqui. O ingresso é vendido no esquema de “contribuição consciente” (e varia de R$0 a R$200).
Visite o museu com toda a segurança
Por conta da pandemia de Covid-19, o MAM Rio adotou uma série de protocolos para garantir a segurança dos visitantes e da equipe. Além do funcionamento em horário reduzido, a capacidade do museu ficou restrita a 200 visitantes/hora, com distanciamento mínimo de 1,5 metro.
O uso de máscara é obrigatório em todas as dependências da instituição e o público encontra totens e dispersers de álcool gel 70% em todos os espaços do museu. Não será permitida a entrada de pessoas que apresentem os seguintes sintomas: tosse, coriza, febre acima de 37,5⁰ ou falta de ar.
#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel e sair de casa somente se necessário – e nunca com sintomas de resfriado! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado? ❤
Por Catraca Livre