Para quem curte documentário e nunca conseguiu acompanhar o É Tudo Verdade (Festival Internacional de Documentários), um dos principais eventos do gênero da América Latina, essa é a chance. Começa nesta quarta-feira (23) sua primeira edição online e, como não poderia deixar de ser nessa pandemia, tudo será transmitido e de graça nesta 25ª edição – são exibições de filmes, debates e masterclasses, até o dia 4 do próximo mês.
O filme de abertura da fase competitiva do festival é um dos vencedores do Olho de Ouro de Melhor Documentário no Festival de Cannes do ano passado. “A Cordilheira dos Sonhos” (2019), do chileno Patricio Guzmán, tem sessão às 20h30. O enredo encerra trilogia que trata dos avanços sociais do governo Allende (1970-1973), a repressão brutal da ditadura Pinochet (1973-1990) e a dura herança atual da política econômica desenvolvida no período autoritário do Chile.
As exibições dos filmes ocorrem diariamente no site www.etudoverdade.com.br. São curtas e longa-metragens de diversos países que fazem parte tanto da mostra competitiva, quanto das sessões paralelas. Os temas atravessam questões sociais, culturais, econômicas, música e outros assuntos.
O encerramento, no dia 4, fica por conta da première no continente americano de “Wim Wenders, Desperado” de Andreas Frege e Eric Fiedler, e a exibição “hors concours” do inédito “Utopia Distopia”, do diretor brasileiro Jorge Bodanzky, que também participa de debate.
Os quatro paralamas
Direção: Roberto Berliner, Paschoal Samora. Brasil, 99’. Sessões sábado, às 21h, e domingo, 15h.
Acompanha os Paralamas do Sucesso. O filme sobre música e amizade fala da relação dos três que sobem ao palco (Herbert, Bi e João), mas também de um quarto elemento: José Fortes, o empresário. Em um papo, os quatro lembram a carreira, falam sobre sua amizade inabalável e tocam músicas que fazem parte dessa trajetória de quase 40 anos.
Meu querido supermercado
Direção: Tali Yankelevich. Brasil, 80’. Sessões amanhã, às 21h, e sexta-feira, 15h.
Enquanto executam atividades repetitivas, os funcionários de um supermercado encontram espaço para expressar suas dúvidas, afetos, medos e sonhos improváveis. Humor, drama, mistério, romance e física quântica convivem com caixas de leite, cortes de carne, códigos de barra e câmeras de segurança. Os funcionários não permitem que a rotina aprisione suas imanências e sua imaginação.
Por Metro Jornal