Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento
Para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna, ou Semana de 22, um marco para o cenário artístico brasileiro, o Governo de SP preparou um evento super especial. Ao longo de 18 meses, entre julho de 2021 e dezembro de 2022, as instituições culturais do estado organizam 100 atrações focadas nesse tema.
Haja programação! Chamado de “Modernismo Hoje”, o projeto envolve 60 instituições, tanto públicas quanto privadas, corpos artísticos, espaços e programas culturais.
E tem de tudo: exposições de arte, webinars, espetáculos de dança e teatro, festivais e eventos multilinguagem, obras audiovisuais e ações ligadas à literatura. Você confere tudo neste site. Algumas atrações acontecem virtualmente!
Quem preferir, pode acompanhar esse calendário, carinhosamente chamado de Tarsila, por aplicativos de IOS e Android. Também ficam instalados 100 totens touch screen em espaços culturais para interação com essa programação, além de catálogo, folders, folhetos e vídeos de divulgação.
Isso significa que os museus queridinhos de SP, como o MIS – Museu da Imagem e do Som, a Pinacoteca, a Casa das Rosas e até o Museu da Língua Portuguesa planejam atividades imperdíveis ao longo desse tempo. Mas há programações em outras cidades também, como em Tatuí, Campos do Jardão e Brodowski.
A TV Cultura também se prepara para a ocasião especial. Entre suas ações, destaca-se o ciclo de cinema “Só a Antropofagia nos Une”, com filmes brasileiros modernistas que ecoam a Semana de 22, de 15 a 18 de fevereiro de 2022.
Essa grande iniciativa para celebrar o legado da Semana de Arte Moderna tem a missão de gerar uma oferta cultural de relevante e de qualidade. Além disso, a ideia é destacar o papel dos artistas paulistas no movimento modernista, que reverberou por todo o país.
Saiba tudo sobre esses 18 meses de atrações aqui na Agenda Catraca Livre.
Conheça um pouco sobre a Semana de Arte Moderna
Realizado entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922 no Theatro Municipal de São Paulo, esse importante festival marcou o rompimento com o tradicionalismo cultural associado ao parnasianismo, ao simbolismo e à arte acadêmica.
O evento, idealizado por um grupo de intelectuais paulistas, envolveu uma exposição com cerca de 100 obras e três sessões lítero-musicais noturnas. Não havia uma vertente artística específica a ser seguida, a ideia era simplesmente romper o status quo e abrir espaço para o cubismo, o futurismo, o surrealismo, o dadaísmo e outras tendências que surgiram na Europa no início do século 20.
Embora o movimento modernista no Brasil tenha envolvido pintores, escultores, escritores, músicos e arquitetos, o destaque maior foi para as artes plásticas.
Nomes como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Victor Brecheret foram alguns desses artistas brasileiros revolucionários. O modernismo também se espalhou por lugares como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco.
Por Catraca Livre