Amantes de música e cinema, têm um evento feito sob medida para vocês! Chegou a 12ª edição do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário, com uma seleção de mais de 60 filmes inéditos produzidos em diversos cantos do mundo.Crédito: Divulgação | Adriano Sobral (Felipe Cordeiro)Pitty, Felipe Cordeiro, Johnny Cash e Antônio Variações são alguns dos músicos celebrados no 12º In-Edit Brasil
Desta vez, o festival acontece 100% online. Anote aí: a programação fica em cartaz até 20 de setembro por três plataformas: a do In-Edit, a do Sesc Digital e a da Spcine Play, a R$ 3 e gratuitamente. É até possível comprar pacotes de acessos com desconto!
O mais legal é que toda a receita arrecadada pela mostra será destinada aos trabalhadores da música e do cinema afetados pela pandemia, por meio do projeto independente Conexão Música e do FAPAN – Fundo de Amparo aos Profissionais do Audiovisual Negro, gerido pela APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro).
Mas, atenção: no site do In-Edit, cada filme fica disponível por um determinado período de tempo. Consulte as informações aqui e programe-se para não perder nada!
E, claro que não poderia faltar alguns shows virtuais no evento! Tem o punk rock da banda Flicts no dia 11 de setembro, às 20h; o rock do Autoramas no dia 17, às 20h; e o pop tropical do Felipe Cordeiro no dia 19, às 20h. Para assistir, é só acessar o YouTube do In-Edit.
Não se esqueça das conversas com diretores e dos debates preparados com carinho para os espectadores. Saiba tudo aqui.
- O que assistir no In-Edit Brasil 2020
Para quem adora uma brasilidade, vale acompanhar as produções selecionadas para o Panorama Brasileiro, divididas nas seções Competição Nacional, Mostra Brasil, Brasil.Doc e Curtas Brasileiros.
Um dos destaques da Competição Nacional é “Aleluia, O Canto Infinito Do Tincoã” (2020) de Tenille Bezerra. Na obra, Mateus Aleluia, ex-integrante da banda Os Tincoãs, compartilha histórias sobre sua vida, seu trabalho e sua espiritualidade.
Na Mostra Brasil, o média-metragem “Afro-Sampas” (2020) apresenta artistas africanos que migraram para São Paulo e falam de suas experiências artísticas e seu relacionamento com o novo entorno. A direção é de Jasper Chalcraft e Rose Satiko Hijiki.
Os fãs de Pitty vão curtir “Matriz.Doc” (2020), de Otávio Souza. Há anos esse diretor trabalha com a cantora-compositora. Assim, ele aproveitou seus momentos de invisibilidade para registar o processo criativo do álbum “Matriz”, disco que marca uma reviravolta na carreira dela.
Em “Ventos que Sopram – Pará” (2020), o cineasta Renato Barbieri faz um passeio musical pelo Pará, guiado pelo Felipe Cordeiro. Entre conversas e canções sobrevoamos ritmos diversos e uma riqueza cultural que orna com a beleza de seu entorno natural.
Espere muita diversidade na seção Brasil.Doc. O longa “Encantadeiras – O Canto E O Encanto Das Quebradeiras De Coco Babaçu” (2019), de Betse de Paula, acompanha as sete mulheres do grupo As Encantadeiras em uma tour, desvelando a história de cada uma delas. Babaçu, feminismo, reforma agrária e música. Muita música.
Já em “Faça Você Mesma” (2019), Letícia Marques explora a história das Riot Grrrls, bandas de rock femininas que se posicionam claramente na vida, na música e na política.
Mas não é só isso. Entre os internacionais, a seção Mostra Portugal reúne alguns dos mais destacados documentários musicais do país. Uma das obras de destaque é a cinebiografia “Variações” (2019), que terá sua pré-estreia brasileira no festival.
Com direção de João Maria, o longa é sobre Antônio Variações, um artista controverso e pioneiro que acabou como um dos mais aclamados cantautores do país.
Por fim, a seção Panorama Mundial tem algumas obras imperdíveis. Em “The Quiet One” (2019), o baixista original dos Rolling Stones Bill Wyman abre seu arquivo pessoal e o seu coração. A direção é de Oliver Murray, do Reino Unido.
E que tal mergulhar mais na história de Vivian, ex-esposa de Johnny Cash? Basta assistir “My Darling Vivian” (2020), do norte-americano Matt Riddlehoover.Crédito: ReproduçãoConheça melhor a primeira esposa de Johnny Cash, Vivian
Após o sucesso do filme “Johnny and June”, as filhas do primeiro casamento do cantor decidem contar sua versão dos fatos e fazer justiça ao papel de sua mãe, que sempre viveu à sombra do artista.
Para os apreciadores de música francesa, uma sugestão é conferir “Aznavour by Charles” (2019) de Marc di Domenico e Charles Aznavour.
Em 1948, Aznavour ganha de Edith Piaf uma câmera Paillard-Bolex e começa a filmar os lugares por onde passa, as pessoas com quem convive e momentos de sua intimidade. A partir dessas imagens, e com a ajuda do diretor Marc di Domenico, o próprio cantor constrói suas memórias.
Por Catraca Livre