Você tem a chance de mergulhar profundamente na produção artística indígena contemporânea direto da sua casa! Entre os dias 17 de abril e 30 de maio, o festival rec.tyty disponibiliza uma galeria virtual com trabalhos de 39 artistas que exploram múltiplas linguagens. São obras visuais, sonoras, cinematográficas e fotográficas feitas em todo território nacional.
E olha que a curadoria é poderosa! Envolve o ambientalista e filósofo Ailton Krenak, a filósofa Cristine Takuá, o cineasta Carlos Papá, a doutora em educação Naine Terena e a antropóloga e coordenadora-adjunta do MASP Sandra Benites.
Uma das atrações do evento é o Kunumi MC, rapper guarani, com suas canções sobre as lutas dos povos indígenas. O jovem artista já cantou com Criolo e é filho de Olívio Jekupé, um dos primeiros escritores indígenas a publicar um livro.
Nomes como Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Jaider Esbell, que têm se destacado no cenário das artes, também marcam presença com seus potentes trabalhos. Confira detalhes da programação aqui.
A ideia é criar um espaço para esses povos contarem as próprias histórias e manterem vivas suas tradições. O evento é uma iniciativa do Instituto Maracá, que tem o objetivo de fazer ressoar as vozes dos povos indígenas para o mundo.
Além de observar os trabalhos selecionados para o Festival rec.tyty, os visitantes podem ampliar – e muito! – seus conhecimentos sobre a cultura e a arte indígena.
Na primeira semana, entre os dias 17 e 25 de abril, acontecem encontros virtuais com convidados de quatro povos diferentes. Essa programação inclui conversas e demonstrações de cantos, danças, pinturas corporais, rituais e trajes que compõem suas identidades.
O público também conhece a primeira etapa do projeto Nhe’ẽry, dedicado à realização de oficinas artísticas para recriar os mapas da cidade e do litoral de São Paulo, a partir do das perspectivas do povo Mbya-Guarani.
O nome do festival é uma criação de Carlos Papá Guarani. A sigla “rec” remete ao “record” das câmeras quanto ao ato de recordar. Já a palavra guarani “tyty”, que aos nossos ouvidos soa como tâ-tâ, estabelece uma relação com os batimentos cardíacos, tornando-se uma metáfora para a emoção e o afeto.
Por Catraca Livre