No final dos anos 60, a Tropicália rompeu barreiras sociais e comportamentais e provocou mudanças radicais na cultura brasileira. E, para reviver a importância desse movimento, um grupo de artistas de vários países se uniu e criou o espetáculo online “Revoluções Tropicalistas: uma experimentação cênica”.
A peça, encabeçada pela companhia Teatro Lusotaque, que reside na cidade de Colônia, na Alemanha, pode ser conferida de 9 a 30 de janeiro, com sessões aos sábados, às 15h (no horário de Brasília). O ingresso é vendido no esquema “Colaboração Consciente” e precisa ser reservado aqui.
Com direção de Alexandra Marinho, o experimento faz uma releitura de várias cenas icônicas que aconteceram durante a Tropicália, como o discurso de Caetano Veloso no Festival da Canção em 1968, quando ele foi vaiado depois de cantar “É Proibido Proibir”.
O espetáculo também celebra o contundente e atual filme “Terra em Transe” (1967), clássico do Cinema Novo dirigido pelo cineasta Glauber Rocha; e o famoso “Manifesto Antropófago”, texto de Oswald de Andrade que tanto inspirou os tropicalistas.
Outras figuras importantes desse movimento de ruptura homenageadas pela peça são o ator e diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa, as atrizes Leila Diniz e Maria Alice Vergueiro, o compositor Jorge Mautner e as cantoras Rita Lee, Maria Bethânia e Nara Leão.
Além de lembrar e reverenciar todas essas figuras, o experimento coloca em foco lutas dos tropicalistas que ainda hoje necessitam ser debatidas, como desigualdade social, influências culturais internacionais, censura, feminismo e questões LGBTQIA+.
Para ter um gostinho da peça:
Curtiu? “Revoluções Tropicalistas” é encenado em português, com legenda em alemão, por 11 atores e atrizes de diferentes origens e nacionalidades, que se apresentam diretamente da Alemanha, Brasil e França.
O elenco é composto por Andrea Piol, Carol Futuro, Gabriel Frey, George Hadad, Isabel Demer, Isis Oliveira, José de Ipanema, Patricia Glym, Ricardo Paraense, Vanessa Lage e Viktoria Lohner.
Por Catraca Livre