Cerca de 250 operários trabalham diariamente no grande canteiro de obras em que se transformou o Museu do Ipiranga. Com aproximadamente 40% da execução física da obra concluída, os trabalhos se desenvolvem dentro do cronograma que prevê a reinauguração do museu em setembro de 2022.
O reitor Vahan Agopyan e outros dirigentes da Universidade visitaram o canteiro de obras na manhã da quinta-feira, dia 26 de novembro, e puderam constatar a evolução das obras. “Do ponto de vista da Universidade, a restauração do Museu do Ipiranga é um sonho que está se tornando realidade. Agora, do ponto de vista de toda a sociedade brasileira, estamos garantindo a preservação da nossa história para que possamos recordar a independência do Brasil e refletir um pouco sobre a construção do País e sua transformação em uma grande nação”, afirmou o reitor.
Museu do Ipiranga – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
No Edifício-Monumento estão sendo executadas as etapas de higienização da fachada, recomposição de revestimento, instalações diversas e restauro de ornamentação. Também teve início a reforma do Salão Nobre, onde está a tela Independência ou Morte, de Pedro Américo, que já passou pelo processo de restauração e agora está completamente embalada e protegida.
Já a construção do Edifício Ampliação – um espaço novo com 6.800 metros quadrados de área, que deverá abrigar auditório, café e lojas – avança nas etapas de escavação, movimentação de terra e concretagem.
Agopyan, que também é engenheiro civil, fez questão de ressaltar que “esse projeto é um desafio fantástico. Primeiro, porque o Edifício-Monumento é uma grande obra de arte do século XIX e seu restauro exige o trabalho de verdadeiros artesãos. Segundo porque a construção do novo espaço ampliado teve de ser muito bem planejada para não afetar nem prejudicar o edifício antigo”.
Museu do Ipiranga – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Sala modelo
Durante o percurso, a comitiva também visitou a sala modelo montada em uma pequena galeria localizada na parte oeste do edifício, e puderam ter uma ideia de como será o resultado final da restauração.
A sala foi preparada para que os arquitetos e engenheiros tivessem uma visão geral das ações necessárias para a conclusão dos espaços e suas dificuldades, com o objetivo de diminuir os imprevistos nas fases de execução e acabamento. Nela são apresentados os modelos de elementos como assoalho, umbrais, caixilhos e luminárias.
Museu do Ipiranga – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Depois de finalizada a restauração, essa será uma das salas expositivas ocupadas pela Museografia.
Acompanharam a visita a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado; o superintendente do Espaço Físico, Francisco Ferreira Cardoso; o secretário-geral, Pedro Vitoriano de Oliveira; a diretora e o vice-diretor do Museu Paulista, Rosaria Ono e Amâncio Jorge Silva Nunes de Oliveira; o diretor-executivo da Fusp, Antonio Vargas de Oliveira Figueira; integrantes do Comitê Gestor do Projeto do Novo Museu, Adalberto Fishmann, Ana Letícia Fialho e Beatriz Kuhl; a coordenadora do Grupo Executivo de Museologia, Vânia Carvalho; o presidente da Concrejato, Rommel Curzio Valente; o presidente da Setec, Jorge Luiz Babadópulos; e o arquiteto da H+F, Pablo Hereñu.
Museu do Ipiranga – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Novo Museu do Ipiranga
Inaugurado em 7 de setembro de 1895, como museu de História Natural e monumento à Independência do Brasil, o Museu do Ipiranga passou a integrar a USP em 1963.
Fechado para visitação do público desde 2013, o novo Museu do Ipiranga deverá ser reaberto em setembro de 2022, completamente renovado e ampliado, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil.
Museu do Ipiranga – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Com duração de 30 meses, a restauração, modernização e ampliação do museu deve custar cerca de R$ 188 milhões e conta com patrocínios diretos e incentivados via Lei de Incentivo à Cultura pelas seguintes empresas: Atlas, Banco Safra, BNDES, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN, EDP, EMS, Fundação Banco do Brasil, Honda, Itaú, Vale, Sabesp, Grupo Ultra Ipiranga e Pinheiro Neto Advogados.
Quando a obra estiver concluída, o edifício histórico – patrimônio tombado nas três esferas do governo – será dedicado exclusivamente à visitação pública, com exposições e espaços para apreciação visual de sua arquitetura, acessibilidade, sustentabilidade e segurança, com equipamentos especiais para a prevenção de incêndios. Também haverá um novo espaço ampliado com sala de exposições temporárias, salas para atendimento do programa educativo, café, auditório e lojas, tornando-o compatível com os grandes museus internacionais.
Museu do Ipiranga – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Por Jornal da USP